O Sítio do Também Não

Conta-se que certa vez, Alexandre, o Grande, se deparou com Diógenes na rua e lhe disse: “Eu sou Alexandre, o grande rei”. Ao que Diógenes lhe respondeu: “E eu sou Diógenes, o cão”.

segunda-feira, junho 27, 2005

A Velha Tômbola: Pinos e Cambalhotas de um Reconhecido Artista


    Em 1977 - note-se: há precisamente 28 anos! - escrevia Claude Bourdet*:

    "É fácil perceber o mecanismo particular que, no caso presente, incita à supranacionalidade. No que respeita aos alemães, a preocupação de acelerar o processo decorre, não só do comunismo e da fidelidade aos Estados Unidos, mas também da consciência da força da RFA e da certeza de que dominará tanto mais facilmente a Europa quanto mais completa for a integração e quanto mais ténues forem as barreiras nacionais. Quanto ao capitalismo francês e italiano, bem como aos partidos que o representam, mantêm ainda algumas veleidades nacionalistas, ou simplesmente chauvinistas, mas estas cederão perante a necessidade de se livrarem da esquerda, em Roma e em Paris. Hoje em dia, a burguesia francesa começa a considerar Chirac, que fala uma linguagem nacionalista, uma melhor protecção do que Giscard, que fala uma linguagem europeia. Mas, no dia em que se tornar claro que a verdadeira defesa da burguesia contra os trabalhadores não se situa no plano francês, mas sim no plano europeu, Chirac terá de alinhar rapidamente e podemos, desde já, apostar que esse experiente vira-casacas se tornará o melhor leader francês da batalha europeia contra a esquerda."



    Premonitório... ou muito mais que isso.


    *BOURDET, Claude, A Farsa da Europa, ed. forja, 1978, p.p. 55, 56

    Cão

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