Sobre a Construção da Europa...
A proposta para uma confederação europeia existe pelo menos desde o século XV, altura em que foi formulada por Antoine Marini, um francês ao serviço do rei da Boémia.
Caída no esquecimento, reapareceu no período entre as duas guerras, mas circunstâncias várias (o fascismo, as intenções de hegemonia imputadas à França...) parecem ter dito aos dirigentes europeus que a união da Europa não era ainda uma necessidade.
Após a II Guerra, a ideia da unificação da Europa surgiu aos dirigentes dos USA e a alguns europeus como o meio ideal de travar o expansionismo soviético. A construção deste "muro" económico e militar recebeu a bênção do Vaticano, que via nele uma possibilidade para expandir o domínio da internacional democrata-cristã.
Ora, o capitalismo europeu prontificou-se a aceitar a colonização estado-unidense a troco de uma fatia do bolo mundial e, não por acaso, o pai espiritual da Europa Unida é Jean Monet, tido como o mais americano dos capitalistas franceses.
Tornado o modelo dos USA um modelo mundial sob a protecção de políticos submissos, o capitalismo só pode tirar vantagens da unificação da europa.
São esses políticos submissos que nos apresentam agora como necessário e inelutável (como já fizeram com os tratados anteriores e a moeda única) um tratado constitucional de feição liberal-policiária que representa um golpe de estado institucional. Com efeito, avança-se para a construção de um super-estado europeu na dependência militar da OTAN e fundado sobre a "verdade" inelutável do liberalismo mais selvagem.
O Cão
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