O Sítio do Também Não

Conta-se que certa vez, Alexandre, o Grande, se deparou com Diógenes na rua e lhe disse: “Eu sou Alexandre, o grande rei”. Ao que Diógenes lhe respondeu: “E eu sou Diógenes, o cão”.

segunda-feira, maio 30, 2005

É este o NÃO francês




Mais de 3000 pessoas, militantes de esquerda, se juntaram na praça da Bastilha assim que os primeiros resultados foram divulgados.


"Somos pela Europa, mas não por uma Europa dos patrões", ouvia-se.

Eu gostaria que em Portugal os cidadãos se empenhassem nas decisões políticas que determinam os seus destinos tão encaloradamente, apaixonadamente, interessadamente, já não digo como os franceses, mas como o fazem com o futebol.

O Cão

1 Comments:

  • At 1:04 da tarde, Blogger Vitor Guerreiro said…

    Para uma reforma do vocabulário

    a) "Precisa-se de mais democracia"

    Presumo que se trate de mais do que já temos de sobra. Francamente não sei se aguentamos muito mais.
    Caso se fale do que não temos, talvez lhe devessemos chamar outro nome, pois este infeliz vocábulo já nada pode produzir senão confusões, tal os enxertos semânticos de que é objecto.

    b)"envolvimento do povo europeu no processo de integração"

    Integração do quê no quê? Este processo de integração não será mais propriamente denominado como "máxima exportação da lógica da exclusão"? Integração dos entes num processo de desintegração, sua.
    Que coisa omni-abrangente é este "povo europeu"? Um "sujeito" com uma "vontade" (o resto integra-se, i.e., anula-se).

    c)"politicos e eleitores em sintonia (não em sítios diferentes a falar de coisas diferentes)"

    Uma Nação, Um Deus, Uma Voz. A conciliaçao do inconciliável. O que tem de estar em sintonia está por natureza e não por um dever-ser. Onde não há sintonia há antes uma diferenciação de natureza, de necessidade. Se o trabalho fosse natural, para quê os polícias?

    "negociar um novo compromisso"

    Já não estamos comprometidos que chegue com esta caterva? A questão é quanto tempo mais será fisicamente possível suportá-los.

    Finalmente: "vitória" é outra palavra que traz às costas demasiado lastro: a ideia de que o movimento é mero transito entre estados de equilibrio, de que tudo é uma "marcha" no sentido do estado de equilibrio final, atraves das vitorias parciais. Urge dizer que tal coisa não existe. Apenas movimento, apenas composição, apenas acção. Nós, aqui e agora.

    Abraço

     

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